Leia e apaixone-se!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quero























Eu quero morar no campo
Ter uma vida vadia
Ficar deitada na rede
Curtir o perfume das flores
Olhar as nuvens dançando
Curtir os pássaros de dia
Dar mil beijinhos em meu querido



















Falar de coisas bem simples
Eu quero um tempo de preguiça
Uma hora feliz sem atropelo
Só pra ler todos os livros
E escrever muitos outros
Só pra ver se eu me encontro
Só para ver se eu sou eu


















Eu quero esquecer o relógio
Trocar idéias com os filhos
Ter bem mais perto meus manos
Eu quero abraçar meus amigos
Dar mim beijos em meu marido
Eu quero ter um tempo pra mim
E ser mais tranquila, enfim.

Poema de Janice de Bittencourt Pavan

Em 12/12/2011




Mensagem de Natal de Janice para você


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Viagem a Europa II - Espanha





Viagem a Europa - Três primeiros dias em Portugal




Adyva, Celívio, Nelson e Janice almoçando em Guarulhos-SP.
 Um sonho realizado: Viagem a Paris.
Saúde, tempo e dinheiro: ingredientes indispensáveis para tal aventura.
Depois de certo labutar, correr atrás do prejuízo, investir na educação dos filhos, em causas sociais, chegar à aposentadoria ou atingir a melhor idade ou quando se tira férias porque é hora de pensar em si, com saúde e dinheiro, por que não?
Sempre digo que a vida nos oferece várias fases e todas elas têm seu encanto. Cabe a nós usufruí-las de forma tranquila, em cada tempo ter a serenidade de escolher a hora certa pra tudo. Conosco não foi diferente. Depois de filhos crescidos, orientados, antes que as pernas fraquejem de vez, ou a cabeça não ande tão bem em sintonia com o corpo, fizemos a viagem do nosso sonho. Ou, melhor, do meu sonho, pois meu marido me acompanhou, embarcou nesta aventura acolhendo meu desejo.
Não fosse, entretanto, o empurrão de nossos filhos Eduardo, Gustavo e Larissa,com um crédito de 1/5 da viagem, presente de natal, e um convite de nossos vizinhos, Adyva e Celívio, não teríamos ido.
Lá chegando, senti uma forte emoção, não por realização, mas por saudades. Tive um “déjà vu” em muitos ambientes dos três países, impossibilitando o recuo das lágrimas.
Tirando o cansaço, o roteiro rico, agenda corrida, a viagem foi maravilhosa. Dias de sol, noites de luar, temperatura agradável pra calor.
Não imaginei que um dia pudesse ver originais de Velásquez, de El Grecco, de Miguelangelo, de Leonardo da Vinci, de Toulouse Lautrec, de Goya, Rembrandt, Rubens, Antonio Canova, Ticiano e outros. Ver palácios e ouvir histórias tão ricas de séculos passados no próprio ambiente de origem. Sentir a fibração nos corredores da história de tantas vidas, famosas ou não, de tanto luxo, de tanta miséria, com tamanha ostentação, luxúria, promiscuidade e ao mesmo tempo meditação, talento, expiação e costumes tão diferentes nos primórdios da civilização e que tanto chocam ou encantam o mundo nosso da modernidade.
Valeu a pena o cansaço, o corre-corre, a estranheza na alimentação, porque nossa memória está impregnada de imagens inesquecíveis, que assim ficará, até por toda este meio século de vida que nos resta. Positivamente pensando.
Tentarei resumir com fotos para que você viaje comigo.

 



Praça do Comércio.
   





Clique em cima para visualizar melhor.
  


Tem mais, Espanha  e França. Aguarde. 
  

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Chuva e Lágrima





Chove chuva chata!

E encharca minh’alma

tão cheia de dor.



Chove chuva sentida!

Qual alma dorida:

Ausência de amor.



(Coração magoado

com telhado de vidro

e vidraça de lágrimas...)



Meu corpo cansado

libera minh’alma

à procura de alguém.



Mas que chuva danada!

Chora tanto na estrada,

Que minh’alma molhada,

não encontra ninguém.


de Janice de Bittencourt Pavan

do livro Paixão-Mulher - pág. 47.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Socorro




Diga-me, urgentemente,
Uma frase convincente
Que me desperte “esperança”!...
Penso... Penso... Não encontro.

Descubra da chave o segredo
Para tirar-me o medo!...

“Quero viver... Sou criança”...
Fico triste... Não encontro...
Por favor! Abra os arquivos
(com seus prazos já vencidos)
Da burocracia, das Leis...
Como demoram!...Onde estão? Não sei...


Agilize! Mande-me, a jato, uma vacina,
Um antídoto, um veneno estricnina,
Contra o mal, de uma só vez.


Não é culpa minha, nem tua;
Não é nossa; não é deles...
Não é do sistema, nem do crítico,


Do legislador ou do político...
É de Pôncio Pilatos, talvez?...
Ou, então, manda uma bomba atômica


Cheia de sementes “branquinhas”
Para queimar as ervas daninhas:
Da incompetência e da injustiça,
Da ganância e da preguiça,
Da corrupção e da impunidade.


Uma bomba milagrosa
Que contamine as cidades
Com efeitos de esperança,
De dignidade às crianças,
Da juventude à maioridade.


Socorro!!!...
Meu coração está pedindo
Um estimulante energético
De vergonha nacional.


Não sei a quem endereçar,
pois a esperança não está;
Não tem sequer endereço.

Quem sabe, no centro da terra
Haja uma fonte que prospera,
Que guarde a semente do bem,
Da felicidade sem preço!?...




Poema de Janice de Bittencourt Pavan
Em 17 de junho de 2009.




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Casarão


Criamos os filhos
como canção em estribilho;
com pranto ou sem dor,
guiamos com amor.
Cresceram saudáveis,
tranquilos,contentes.
Aprenderam com a gente
e aprendemos com eles.
De repente...
A casa vazia!
Formou-se a Maria,
Casou-se o João
e Pedro não via
A hora de ser calouro;
com alegria e choro
foi pra outra cidade
frequentar Faculdade.
Lá se foi a Maria!...
Lá se foi o João!...
E Pedro? “Meu filho querido
do meu coração”...
Como é a Maria.
Como é o João.
E a casa vazia,
Sem a companhia,
Com pouca alegria
Virou casarão!

Escrito em 20/05/90.
Poema de Janice de Bittencourt Pavan,
do Livro Amor- Criança - pág.84.



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Anjos...



Se um anjo charmoso
Aparecer em tua vida
Verifica com cautela
O que ele traz consigo
E se encontrares fraqueza em suas asas
Não o deixes fugir
Mostra-lhe a força verdadeira
De tua determinação.


Se um anjo triste
Aparecer em tua casa
Desplumado, abatido, com feridas,
Cuida dele,
E derrama sobre as suas asas
O bálsamo dos teus cuidados.
Se um anjo folgado
Se intrometer no teu caminho,
Ficar te rodeando,
Perturbando teu sossego...
Sai de fininho
Não lhe dês ouvidos...
Não lhe respondas nada...
E fica longe dele
Por léguas e séculos.


Se um anjo altivo surgir a tua frente
Abrindo suas belas asas, poderoso...
Abre teus braços e num gesto suave
Dá-lhe um cafuné:
Ele bem precisa.




Se um anjo tosco atravessar o teu caminho
Erguendo a voz
Gritando destemperos aos teus ouvidos...
Não diz nada:
Deixa o silêncio
Fazer-lhe ouvir as próprias grosserias.



Se um falso anjo
Interromper o teu passeio
E cortar teu barato
Com palavras fingidas, em galanteio
Desvia o olhar, reprime a resposta
Desvia-te do caminho:
Ignorá-lo é a atitude mais correta


Mas... Se um anjo comum
Surpreender-te sozinha (o)
Num momento frágil
Carente de ternura
E te estender as asas
Abrindo o coração...



Com agradáveis sons
Com a magia de um bom cheiro
E a fidelidade no olhar
Como dois portos seguros
Sentirás um arrepio
e uma imensa vontade
de ficar com ele...(com ela...)
Mas não fragiliza!
Fica bem na defensiva;
Não divulga teus desejos
E vai curtinho a presença,
Sem se envolver com ele (com ela)
Dá um tempo pra ti:
Valoriza teus anseios.
Na passagem das horas...



Faz um pouquinho de tudo
Mas com sinceridade,
Pois todos temos um pouquinho de anjo
Anjo bom ou anjo mau,
De várias formas na verdade.


Todos nós podemos ser anjo
Para quem está neste mundo
Criado por Deus
Mas distorcido pelo próprio ser:
Acossado pelo vício da vida.



Cabe a nós fazer algo melhor
Começando pelo nosso lar
Que deve ser um santuário:
Onde mereces descansar tua cabeça,
Onde deves aquecer teus pés,
Onde podes ganhar cafuné,
Dizer e ouvir “eu te amo”.


E assim, mesmo sendo um super anjo,
Poderás iniciar uma tarefa
que muitos estão preterindo:
Esta força necessária, com recíproca verdadeira,
Que é possível de reconstrução,
Conversando ou no silêncio
Curtir o momento mais agradável
E tentar aliviar o feio...



Por certo entenderás
Que há anjos verdadeiros,
Que eles estão bem dentro de nós,
Mas dependentes de nossa vontade.



Poema de Janice de Bittencourt Pavan
Em 29 de março de 2010.




terça-feira, 24 de maio de 2011

SIDERÓPOLIS em versos









Siderópolis, terra de gente faceira

Legado de imigrantes italianos
Com vinte e sete famílias há 120 anos
Iniciou-se uma saga altaneira.


Nova Belluno, colônia no início
Nome bonito que rendeu à Comunidade
Homenagem, mérito, auspício
Ao povo, a formação de uma cidade.


Na bagagem esperanças e bugigangas
De Gênova ao Rio, chegaram a SC.
Pela estrada de Ferro D. Teresa Cristina
Depois em carros de boi, até Urussanga.


“Nova Belluno” sugeriu Marta Savaris
Por ter um relevo bem semelhante
Com a cidade da Itália, ela imigrante
Como seu próprio nome assim o diz.


A colônia em glebas de terra trabalhada
Foi aos poucos vendida aos imigrantes
Por seiscentos mil réis significantes
Mais o custo da foice e da enxada.


Mas... Com o tempo o interesse prosperou
Apareceram novas e ricas descobertas
De minérios, grandes reservas de carvão
Provocando uma inevitável exploração


Num período de quarenta anos
A CSN mineradora poderosa
Sustentou esperanças e desenganos
Rendendo polêmica e muita prosa


Na questão da mudança do nome
De Belluno para distrito de Siderópolis
Pois se entendia cidade de siderurgia
Tudo o que havia feito com renome.


Mas... Com o tempo perdeu-se o explorado
Acabara o que as minas exibiam
A agricultura, então, se reanima
Propiciando uma economia variada.


Nos campos crescem o cultivo de bananas
Do café, de hortaliças, do milho, do feijão...
Indústria química, serralherias, metalúrgicas;
De aves e suínos expressiva produção.


Esta terra de gente trabalhadeira
De famílias humildes e religiosas
De mulheres bonitas e faceiras
Com ideais persistentes e estudiosas


Acolheu os imigrantes europeus
Deu chão e  trabalho para  muita  gente
Na agricultura ou na exploração do carvão
Tornou-se cidade finalmente


É uma terra agradável de viver
Tenho testemunho e só me traz saudades
Onde não nasci, mas vivi , fiz amizades
Onde vi onze irmãos e alunos a crescer


No Cine Beluno curtindo matinée
Nas ruas livres de um tempo feliz
No bailes dourados do Recreio e Spolis Clube
Nos domingos de missa na Igreja Matriz...


Com tamanha pureza e tranquilidade
Sem medo de nada, não havia crueldade
Só se assustava com mitos e alma penada
Ou se corria três léguas do “ bicho-papão”


É Siderópolis em versos e  a merecida homenagem
Com um pouco de saudosismo, por que não?
Deixo aqui aos conterrâneos esta singela mensagem
Parabenizando com desejo de muita paz e união.


(Fonte Enciclopédia Wikipédia)


Escritora JANICE DE BITTENCOURT PAVAN -  nascida em Imbituba - SC - vindo para Rio Fiorita com seis anos de idade, porque seu pai trabalhava para a CSN. Aos quinze mudou-se para Belluno. Estudou em Criciúma, foi professora em vários colégios de Siderópolis e casou-se em Florianópolis onde reside há trinta e quatro anos. Poeta e romancista, tem cinco livros publicados. 

janicepavan@yahoo.com.br


domingo, 22 de maio de 2011

Amargor




Mergulhas no amargor

Que te fere as entranhas

E a quem encontras feres

Com o punhal da própria dor.


Não escondes tua raiva;

O carinho tu estranhas;

Nem fugindo recuperas

Tua carência de Amor.


No teu trabalho mergulhas

Com ritmo acelerado.

Tens um anoitecer sofrido...


Mas há tempo pra mudanças.

Dá uma chance à bonança

E se mais generosa contigo.


(Poema de Janice de Bittencourt Pavan – em 01/10/2009)





sábado, 14 de maio de 2011

À cigarra



Ninguém observa os gestos tristes da cigarra,

A ausência do seu canto costumeiro.

Nem mesmo ela vislumbra a Primavera

Tamanho é o Inverno que no seu peito impera.




Na natureza há festiva algazarra

Das espécies animais, num prosseguir caseiro.

Eles todos preocupados com a sobrevivência

Ignoram sua tristeza, sem clemência.




Mas... Por que esta apatia companheira?

Não conheces a razão de tua vinda?

Anunciar a Primavera aos animais, às flores,

Que é tempo de viver, curtir amores;




Tempo de dizer das alegrias

De saber-te feliz todos os dias

E quanto és importante em nossas vidas!...

Canta, cigarra! Canta!Estamos te ouvindo!



Poema de Janice de Bittencourt Pavan
Florianopolis - Em 26/10/2010.