Leia e apaixone-se!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Anjos...



Se um anjo charmoso
Aparecer em tua vida
Verifica com cautela
O que ele traz consigo
E se encontrares fraqueza em suas asas
Não o deixes fugir
Mostra-lhe a força verdadeira
De tua determinação.


Se um anjo triste
Aparecer em tua casa
Desplumado, abatido, com feridas,
Cuida dele,
E derrama sobre as suas asas
O bálsamo dos teus cuidados.
Se um anjo folgado
Se intrometer no teu caminho,
Ficar te rodeando,
Perturbando teu sossego...
Sai de fininho
Não lhe dês ouvidos...
Não lhe respondas nada...
E fica longe dele
Por léguas e séculos.


Se um anjo altivo surgir a tua frente
Abrindo suas belas asas, poderoso...
Abre teus braços e num gesto suave
Dá-lhe um cafuné:
Ele bem precisa.




Se um anjo tosco atravessar o teu caminho
Erguendo a voz
Gritando destemperos aos teus ouvidos...
Não diz nada:
Deixa o silêncio
Fazer-lhe ouvir as próprias grosserias.



Se um falso anjo
Interromper o teu passeio
E cortar teu barato
Com palavras fingidas, em galanteio
Desvia o olhar, reprime a resposta
Desvia-te do caminho:
Ignorá-lo é a atitude mais correta


Mas... Se um anjo comum
Surpreender-te sozinha (o)
Num momento frágil
Carente de ternura
E te estender as asas
Abrindo o coração...



Com agradáveis sons
Com a magia de um bom cheiro
E a fidelidade no olhar
Como dois portos seguros
Sentirás um arrepio
e uma imensa vontade
de ficar com ele...(com ela...)
Mas não fragiliza!
Fica bem na defensiva;
Não divulga teus desejos
E vai curtinho a presença,
Sem se envolver com ele (com ela)
Dá um tempo pra ti:
Valoriza teus anseios.
Na passagem das horas...



Faz um pouquinho de tudo
Mas com sinceridade,
Pois todos temos um pouquinho de anjo
Anjo bom ou anjo mau,
De várias formas na verdade.


Todos nós podemos ser anjo
Para quem está neste mundo
Criado por Deus
Mas distorcido pelo próprio ser:
Acossado pelo vício da vida.



Cabe a nós fazer algo melhor
Começando pelo nosso lar
Que deve ser um santuário:
Onde mereces descansar tua cabeça,
Onde deves aquecer teus pés,
Onde podes ganhar cafuné,
Dizer e ouvir “eu te amo”.


E assim, mesmo sendo um super anjo,
Poderás iniciar uma tarefa
que muitos estão preterindo:
Esta força necessária, com recíproca verdadeira,
Que é possível de reconstrução,
Conversando ou no silêncio
Curtir o momento mais agradável
E tentar aliviar o feio...



Por certo entenderás
Que há anjos verdadeiros,
Que eles estão bem dentro de nós,
Mas dependentes de nossa vontade.



Poema de Janice de Bittencourt Pavan
Em 29 de março de 2010.




terça-feira, 24 de maio de 2011

SIDERÓPOLIS em versos









Siderópolis, terra de gente faceira

Legado de imigrantes italianos
Com vinte e sete famílias há 120 anos
Iniciou-se uma saga altaneira.


Nova Belluno, colônia no início
Nome bonito que rendeu à Comunidade
Homenagem, mérito, auspício
Ao povo, a formação de uma cidade.


Na bagagem esperanças e bugigangas
De Gênova ao Rio, chegaram a SC.
Pela estrada de Ferro D. Teresa Cristina
Depois em carros de boi, até Urussanga.


“Nova Belluno” sugeriu Marta Savaris
Por ter um relevo bem semelhante
Com a cidade da Itália, ela imigrante
Como seu próprio nome assim o diz.


A colônia em glebas de terra trabalhada
Foi aos poucos vendida aos imigrantes
Por seiscentos mil réis significantes
Mais o custo da foice e da enxada.


Mas... Com o tempo o interesse prosperou
Apareceram novas e ricas descobertas
De minérios, grandes reservas de carvão
Provocando uma inevitável exploração


Num período de quarenta anos
A CSN mineradora poderosa
Sustentou esperanças e desenganos
Rendendo polêmica e muita prosa


Na questão da mudança do nome
De Belluno para distrito de Siderópolis
Pois se entendia cidade de siderurgia
Tudo o que havia feito com renome.


Mas... Com o tempo perdeu-se o explorado
Acabara o que as minas exibiam
A agricultura, então, se reanima
Propiciando uma economia variada.


Nos campos crescem o cultivo de bananas
Do café, de hortaliças, do milho, do feijão...
Indústria química, serralherias, metalúrgicas;
De aves e suínos expressiva produção.


Esta terra de gente trabalhadeira
De famílias humildes e religiosas
De mulheres bonitas e faceiras
Com ideais persistentes e estudiosas


Acolheu os imigrantes europeus
Deu chão e  trabalho para  muita  gente
Na agricultura ou na exploração do carvão
Tornou-se cidade finalmente


É uma terra agradável de viver
Tenho testemunho e só me traz saudades
Onde não nasci, mas vivi , fiz amizades
Onde vi onze irmãos e alunos a crescer


No Cine Beluno curtindo matinée
Nas ruas livres de um tempo feliz
No bailes dourados do Recreio e Spolis Clube
Nos domingos de missa na Igreja Matriz...


Com tamanha pureza e tranquilidade
Sem medo de nada, não havia crueldade
Só se assustava com mitos e alma penada
Ou se corria três léguas do “ bicho-papão”


É Siderópolis em versos e  a merecida homenagem
Com um pouco de saudosismo, por que não?
Deixo aqui aos conterrâneos esta singela mensagem
Parabenizando com desejo de muita paz e união.


(Fonte Enciclopédia Wikipédia)


Escritora JANICE DE BITTENCOURT PAVAN -  nascida em Imbituba - SC - vindo para Rio Fiorita com seis anos de idade, porque seu pai trabalhava para a CSN. Aos quinze mudou-se para Belluno. Estudou em Criciúma, foi professora em vários colégios de Siderópolis e casou-se em Florianópolis onde reside há trinta e quatro anos. Poeta e romancista, tem cinco livros publicados. 

janicepavan@yahoo.com.br


domingo, 22 de maio de 2011

Amargor




Mergulhas no amargor

Que te fere as entranhas

E a quem encontras feres

Com o punhal da própria dor.


Não escondes tua raiva;

O carinho tu estranhas;

Nem fugindo recuperas

Tua carência de Amor.


No teu trabalho mergulhas

Com ritmo acelerado.

Tens um anoitecer sofrido...


Mas há tempo pra mudanças.

Dá uma chance à bonança

E se mais generosa contigo.


(Poema de Janice de Bittencourt Pavan – em 01/10/2009)





sábado, 14 de maio de 2011

À cigarra



Ninguém observa os gestos tristes da cigarra,

A ausência do seu canto costumeiro.

Nem mesmo ela vislumbra a Primavera

Tamanho é o Inverno que no seu peito impera.




Na natureza há festiva algazarra

Das espécies animais, num prosseguir caseiro.

Eles todos preocupados com a sobrevivência

Ignoram sua tristeza, sem clemência.




Mas... Por que esta apatia companheira?

Não conheces a razão de tua vinda?

Anunciar a Primavera aos animais, às flores,

Que é tempo de viver, curtir amores;




Tempo de dizer das alegrias

De saber-te feliz todos os dias

E quanto és importante em nossas vidas!...

Canta, cigarra! Canta!Estamos te ouvindo!



Poema de Janice de Bittencourt Pavan
Florianopolis - Em 26/10/2010.


                   








quinta-feira, 12 de maio de 2011

Vou veranear no “Santinho”



Vou veranear no “Santinho”
Não é Pasárgada eu sei
Vou curtir gostoso ninho
Sem ser amigo do Rei.
Onde uma passarela existe
De acesso à praia e ao mar
Onde a fotógrafa persiste
Belas imagens roubar

Onde a vida é menos dura
Sem estresse ou preocupação
Fugir às vezes é aventura
Que energiza o coração

Quero brincar com as ondas
Ao lado do meu amor
Caminhar por entre as águas
E amar sem ter pudor

Tomar um suco cremoso
Laranja, mel e agrião.
Sentir o cheiro gostoso
Do café do maridão

Quero no balanço da rede
Num momento de prazer,
de amor, de ternura, sem medo,
Curti-LO inteiro e viver.
É melhor que ir pra Pasárgada
Pois lá quem mora não sei
O que eu quero é ser amada
E fazê-LO de mim um Rei.

Janice de B. Pavan Em 3 de outubro de 2010.


 

Dias das Mães

Coração de Mãe
Tango-Autor/es - Maugeri Neto / Maugeri Sobrinho

Cantarei, eternamente em teu louvor,
E direi que és o símbolo do amor,
Tu, só tu,
Quem sabe amar e compreender,
Tens a luz, que faz a vida florescer.

Rezarei, para o Senhor te abençoar,
Pedirei, que te ilumine em toda a vida,
És o bálsamo, quando minh'alma está dorida,
Tu és a graça o amor,
Tu és a vida enfim,
Ó minha mãe querida.

Um coração de mãe, não se abandona,
Divina luz, teus olhos de madona,
Eu vejo em ti o amor, ó minha mãe querida,
Mãe, a canção, mais linda desta vida.

Cantarei, eternamente em teu louvor,
E direi que és o símbolo do amor,
Tu, só tu,
Quem sabe amar e compreender,
Tu és a graça o amor,
Tu és a vida enfim,
Ó minha mãe querida.

Um coração de mãe, não se abandona,
Divina luz, teus olhos de madona,
Eu vejo em ti o amor, ó minha mãe querida,
Mãe, a canção, mais linda desta vida...

(música cantada por Janice na reunião da ALIFLOR em 03/05/11)