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sábado, 14 de maio de 2011

À cigarra



Ninguém observa os gestos tristes da cigarra,

A ausência do seu canto costumeiro.

Nem mesmo ela vislumbra a Primavera

Tamanho é o Inverno que no seu peito impera.




Na natureza há festiva algazarra

Das espécies animais, num prosseguir caseiro.

Eles todos preocupados com a sobrevivência

Ignoram sua tristeza, sem clemência.




Mas... Por que esta apatia companheira?

Não conheces a razão de tua vinda?

Anunciar a Primavera aos animais, às flores,

Que é tempo de viver, curtir amores;




Tempo de dizer das alegrias

De saber-te feliz todos os dias

E quanto és importante em nossas vidas!...

Canta, cigarra! Canta!Estamos te ouvindo!



Poema de Janice de Bittencourt Pavan
Florianopolis - Em 26/10/2010.


                   








Um comentário:

  1. Janice que versos lindos exaltando a cigarra!
    Eu também a exaltei num conto infantil, afinal ela se cala no inverno, para cantar à chegada da primavera numa harmonia e tanto. Parabéns. Beijos Dora

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