Ninguém observa os gestos tristes da cigarra,
A ausência do seu canto costumeiro.
Nem mesmo ela vislumbra a Primavera
Tamanho é o Inverno que no seu peito impera.
Na natureza há festiva algazarra
Das espécies animais, num prosseguir caseiro.
Eles todos preocupados com a sobrevivência
Ignoram sua tristeza, sem clemência.
Mas... Por que esta apatia companheira?
Não conheces a razão de tua vinda?
Anunciar a Primavera aos animais, às flores,
Que é tempo de viver, curtir amores;
Tempo de dizer das alegrias
De saber-te feliz todos os dias
E quanto és importante em nossas vidas!...
Canta, cigarra! Canta!Estamos te ouvindo!
Poema de Janice de Bittencourt Pavan
Florianopolis - Em 26/10/2010.
Janice que versos lindos exaltando a cigarra!
ResponderExcluirEu também a exaltei num conto infantil, afinal ela se cala no inverno, para cantar à chegada da primavera numa harmonia e tanto. Parabéns. Beijos Dora